sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Éca, isso não, mãe! Por favor, prefiro CHUCHU!

Amados visitantes,


Bora esverdear ainda mais a alma desta casinha.

Primeiramente vale lembrar que o meu objetivo aqui não é o de “converter” ninguém ao vegetarianismo, tampouco ser totalmente compreendida por vocês, mas sim tornar visível uma realidade cada vez mais ativa em nossa sociedade e, junto disso, trazer a vocês valores e histórias de cunho informativo a respeito do que mais envolve esse cenário: a mentalidade ecológica.

Como anfitriã da reunião de hoje, sinto que preciso dividir com vocês uma parte do meu “caminhar” até a quebra desse tabu. “Como é que a Bianca virou vegetariana?”, vocês devem se perguntar.

Pois acreditem: a idéia surgiu de um preconceito. “O que são essas pessoas esquisitas ao meu redor?". A minha curiosidade em relação a esse até então desconhecido mundo paralelo era tanta, que acabei mergulhando nele de cabeça, com a finalidade de produzir um pequeno documentário. Vivi minha faculdade de jornalismo com muita intensidade, e certamente por dotar do chocante problema de ser sensível demais, de repente me vi em frente ao martírio de outros seres tão viventes e tão divinos ou científicos como nós. Esse contato de dor repentina também me trouxe à tona muitas lágrimas da mãe Terra e todos os seus desastres naturais. Sim, normalmente jornalistas são demasiadamente utópicos em relação a “querências” mirabolantes de mudar o mundo. Porém, convenhamos que neste caso a mudança de um certo mundo (o meu) estava tão somente ao meu alcance, que isso virou uma questão existencialista.

É, nunca fui admiradora nata de carnes e afins, realmente dessa overdose eu jamais morreria. Concordo que o fato de não ser fã da tal “proteína animal” ajudou muito a transição mental e cultural do meu cotidiano. Entretanto, vale lembrar que também somos animais protéicos... Já pararam pra pensar em algo assustador? Come-se “cadáveres”. Sim, perdoem-me, sei que a palavra é horrenda e assusta a primeira vista. Mas como não utilizá-la, já que se trata de algo MORTO? Ouso finalizar o papo de hoje com uma explosiva expressão:

“O meu estômago não é cemitério!”.

Aos poucos as peças se encaixarão por aqui. Um assunto puxa o outro, que pede outros, e assim seguiremos. Sugestões serão ótimas companheiras de sala ;).

9 comentários:

  1. Hihi, oi de novo, Bibi.
    Em primeiro lugar, muito obrigado pelo carinho com o meu comentário e, em especial, comigo, que você sempre teve.
    Ouvi de uma amiga (a Ju Olivetti) que você é "uma jornalista talentosa", e realmente você tem o dom da oratória. É muito bonita a construção do seu texto e a forma como articula suas idéias, e é um verdadeiro deleite ver minha amiguinha de 12 anos (que você tinha quando eu a conheci) escrevendo tão fluentemente palavras tão palatáveis, mais que uma boa picanha. E lembrar que a primeira coisa sua que eu li foi um recadinho que deixou na contracapa da minha Bíblia na ocasião.
    Bom, pelo que eu escrevi aqui, você já sentiu que o comentário anterior foi por ter lido o seu primeiro post no blog e querido contribuir um pouco mais com sua discussão. Acho que alguém tinha que começar sendo o contra! hehehe
    Quanto ao seu novo post, que pena que você considera o meu estômago um cemitério, sem ossos é claro. Cemitério é lugar de gente morta, e eu não como gente, não sou canibal. É claro que tudo o que a gente come é morto, inclusive qualquer pé de alface arrancado de sua raiz. Alface é morto sim. E é um ser vivo como qualquer animal. Mas as células ficam vivas por mais tempo... pura questão conceitual. Um músculo vive horas depois que o animal morre. E daí se a alface vive um pouquiunho mais? O fato é que eu não como nenhuma alface em decomposiçao, assim como nenhuma carniça. Carne estragada, assim como uma fruta podre, vai pro lixo. Por esse raciocínio, minha explosão é: "Nosso estômago é um lixão!" e não sei o que é pior, lixão ou cemitério. Pelo menos o cemitério é um lugar mais interessante que o lixão!

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  2. Adoooro o seu feedback, Johnny. Incrível, é EXATAMENTE isso que eu espero encontrar quando entrar por essa porta, rs. E sabe do que eu mais gosto? De todo o universo de ideias que surgem em minha cabeça após ler comentários tão pertinentes, rs. Noto uma IMENSA dificuldade que as pessoas tem para manifestar pensamentos diferentes. Quando tento conversar sobre esse tema ou outros tão polêmicos quanto, com a maioria das pessoas, muitas vezes o que recebo de volta não são pontos de vista, mas sim pedras. Tá aí mais um motivo pra eu gostar muito de você e manter tudo o que escrevi em sua Bíblia quando tinha 12 aninhos, rs.
    E olha... Só da sua segunda mensagem, posso escrever mais uns 3 posts... Um sobre o tema do "comodismo" em relação à "origem da carne". Uma "negação", talvez... Outro sobre "a capacidade de sofrer dos animais", e ainda mais um a respeito do "sofrimento e origem dos vegetais".
    Bem, por enquanto, vou tentar te explicar em poucas palavras o que difere, para mim, uma alface de um boi, um porco, um peixe, um carneiro ou um franguinho... E acho até uma explicação simples...
    Você tem cachorro ou gato? E você os comeria??? Veja bem... Lembre-se que na China é tudo aproveitável... Para mim, a grande diferença é que uma alface é um vegetal, um presente da terra que Deus criou para ser nosso alimento. Já os demais são ANIMAIS, e estes não são diferentes de nós, humanos, quando falamos de "sentimento". Os animais foram criados para viver. Sim, se ainda fossemos homens das cavernas ok, talvez teríamos mesmo que caçar para uma rélis questão de SOBREVIVÊNCIA. Porém, não os somos há muito tempo, e temos diversas opções no supermercado... Opções que não derramaram sangue para simplesmente alimentar o homem. É tudo uma questão de consciência e amor.

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  3. Oi Bi!
    nossa! Está bem ácido seu texto heheheh
    mas você escreve muito bem! Está profissional. E essa foto de fundo está muito boa! parabéns pela apresentação do blog!

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  4. Que delícia "ouvir" de pessoas queridas tamanhos elogios profissionais, rs. É nessas horas que vejo que minha intensa passionalidade jamais foi em vão. Obrigada, Dani. Meu texto em relação a esse tema não poderia ser menos ácido. Aliás, talvez em pouco tempo seja ainda mais, pois especificamente neste tema, para mim, não há neutralidade. Já houve, mas a chutei pra longe, tão longe que espero não encontrá-la. Aos poucos me organizo pra deixar o blog repleto de informações de agrado.
    Johnny, não queira me matar, meu irmão amado, rs. Reli novamente o seu comentário e não aguentarei ficar calada, rs. Você disse algo em relação a não comer "nenhuma carniça". Porém convenhamos que a digestão das carnes é bastante demorada. Como será que ela fica durante sua estada nos organismos alheios? rs. Prefiro não pensar em "apodrecimentos", rs.

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  5. Legal, Bianca. Não sabia se nos tempos de faculdade tu já eras vegetariana. Poderia ter aproveitado bastante o assunto. Vegetarianos ou não, temos é que viver bem. O problema é que a maioria das pessoas não sabem a procedência do que comem (como também desconhecem o que pagam, quem elegem e muito mais), por isso não existem tantos vegetarianos assim. Boa sorte na caminhada, querida. Beijo.

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  6. E plantas, não são seres vivos? Ou só pq fazem parte de outro reino vc não sente compaixão por elas? Vc vai divulgar este blog entre as onças, leões e leopardos também?

    BEIJOS

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  7. Caro Anônimo, gostei muito do que levantou. Vejo que, além de você, muitas pessoas querem que eu trate desse tema por aqui. Tenha certeza que um dos próximos posts será exclusivamente referente às plantas. Mas respondendo a sua pergunta... Claro que elas são seres vivos! E digo mais, o blog já está sendo divulgado entre onças, leões e leopardos, mais conhecidos como carnívoros, rs. É muito importante para mim tê-los por aqui.

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  8. "Você tem cachorro ou gato? E você os comeria??? Veja bem... Lembre-se que na China é tudo aproveitável..."

    Eu planto orquídeas e violetas em casa, porém não tenho nenhum animal de estimação. Ainda assim, eu como vegetais sem peso na consciência. E a carne em nossa alimentação é comprovadamente necessária para o nosso desenvolvimento fisiológico e mental, se não fosse algo natural não teríamos os dentes caninos desenvolvidos.
    Comemos carne por ser gostoso? Sim. Mas também comemos por ser necessidade do ser humano como animal, assim como onças, leopardos e tigres...

    E outra coisa... pelo que vejo em seu orkut, você é toda arrumada e curte uma maquiagem. Se existem as maquiagens que você usa, é pq elas foram testadas em animais, que sofreram muito mais do que aqueles abatidos para virar comida. Mesmo aquelas nos quais dizem não serem testadas em animais, é puro merchandising e SIM, isso é mentira, eles testam SIM! Não seja ingênua em achar que não...

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  9. Olá, Anônimo. Adoraria se pudesse se identificar daqui pra frente, assim poderemos discutir melhor (não te confundirei com os próximos anômimos que aparecerem por aqui). Te responderei com toda a calma num próximo post, pois julgo que via comentário seria um pecado. Aos poucos teremos mais conteúdo no blog.
    Bem, mas por hora, desculpe-me a sinceridade, venho afirmar que está enganado... A carne, para a alegria de TANTAS vidas, NÃO é uma NECESSIDADE do ser humano. Além disso, hoje, como todo vegetariano, busco comprar produtos "verdes" em todos os sentidos, principalmente os cosméticos que não foram testados nos bichinhos. Não diria que sou ingênua, já que, por escolher essa filosofia de vida, busco sempre muito estudo e análise. Agora convenhamos, vegetarianos não podem se arrumar então? rs. Se for assim, não vamos tomar banho para economizar água? Aí caímos na hipocrisia. Vejo que você pensa como muita gente... Vegetariano é magrelo e pálido? Aí é que vocês se enganam, rs. Uma pergunta: os vegetarianos te incomodam? rs. Por um momento tive essa impressão. Lembre-se: a verdade absoluta não existe, mas a ética sim ;)

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