quarta-feira, 29 de setembro de 2010

O comodismo do ESPECISMO

Queridos,
Há algum tempo não passo por aqui.
Porém, minha vida verde continua e está em evolução. É, como todo ser humano, de fato é o que eu mais busco: aprender para ser.

Acompanho um site fenomenal, o Vista-se - http://vista-se.com.br/ - e por motivos de grande força, vim dividir um tópico que encontrei ali com vocês. Muitos amigos levantam questões bastante interessantes comigo, fico feliz por vê-los participando ativamente desse tema.

P – Vegetarianismo é uma questão de escolha pessoal. Não tente forçar os outros a fazer esta escolha.
R – De um ponto de vista moral, as ações que prejudicam outros não são questões de escolha pessoal. O assassinato, o estupro, o abuso de crianças e a crueldade para com os animais são atitudes imorais. Nossa sociedade incentiva hoje o hábito de comer carne e a crueldade nas unidades de criação de animais, mas a história nos ensina que esta mesma sociedade um dia encorajou a escravidão, o trabalho infantil e muitas outras práticas agora universalmente reconhecidas como imorais.
 
 
Bem, bora dar continuidade à reflexão referente ao tópico acima. Assim como tratamos de preconceitos como o famoso racismo, e aqui vejo que o mais cabível é falar do NAZISMO, vocês já se questionaram quanto ao ESPECISMO?
 
Quando crianças, somos apaixonados pelos animais. O "elefantinho", a "girafinha", o "leãozinho" e toda a jungle se fazem presentes em nossos quartos em forma de brinquedo ou bichinhos de pelúcia, aliás, até mesmo nos passeios de final de semana em bosques e zoológicos com o papai e a mamãe. Sim, esses animaizinhos eram até então nossos companheiros de aventuras. Por saber disso, há tantas propagandas que nos "ganham" adotando os animais como referência "fofa". A questão moral passa despercebida por nós. Eis que de repente, nos sentimos enormemente superiores a toda a raça animal. Quem somos nós então? Só porque dotamos de mais inteligência podemos mesmo explorar de forma tão trágica o mundo em que vivemos?
 
Nossa arma contra o mundo animal é o GARFO, é uma guerra que começa no prato. Estamos ACOSTUMADOS a viver numa sociedade em que é mundialmente natural fritar uma parte do bicho e devorá-la, como CANIBAIS . Sim, por incrível que pareça, estamos acostumados a ver o sangue e até mesmo a GOSTAR da carne mal passada. Como pode isso? Aonde foi parar a consciência do ser humano? É, nossos amiguinhos viraram COMIDA.
 
Diversas vezes vamos na casa do Joãozinho comer um churrasquinho e ao chegar, o Totó, seu dócil poodle, vem nos receber com alegria, e estendemos as mãos para ele, com sorriso no rosto e ansiedade para pegá-lo no colo. Não é um tanto contraditório? Qual a diferença entre um cão e um boi, um gato e um frango, ou o peixe do seu aquário e um atum?
 
Fisiologia humana

Inúmeras vezes ouvimos ou aprendemos que o ser humano nasceu carnívoro e que, como os homens das cavernas, devemos manter o hábito de se alimentar com carne. Entretanto, vale destacar que animais carnívoros possuem garras para apanhar a presa e dentes incisivos para cortar e prensar. Além disso, esses animais têm molares afiados e um tubo digestivo curto, com ácidos gástricos poderosos para desdobrar as proteínas. Já o homem, de maneira distinta, não tem patas, nem garras, não possui pescoço longo, nem mesmo dentes côncavos. Seu tubo digestivo é longo, suas mãos são frágeis, adequadas para auxiliá-lo a subir em árvores, alcançar frutas, sementes e etc. Animais carnívoros apreciam comer a carne crua: sentem atração por sangue. O homem, entretanto, repele a carne crua, apenas a consumindo frita ou cozida e bem temperada.

Por questões de sobrevivência, é claro, se estivéssemos passando fome e perdidos no meio DO NADA, certamente passaria pelas nossas cabeças a idéia de matar o primeiro bicho que aparecesse, afinal, ou nos alimentamos, ou morremos, não? Porém, eis a questão... Não é necessário matar para comer! Os supermercados e restaurantes estão repletos de alternativas deliciosíssimas para nos satisfazer. Por que manter o COMODISMO? Talvez "porque ser diferente é muito difícil" seja a sua resposta. Mas é preciso dar o primeiro passo para cativar a conquista, não?

Afinal: o ser humano é tão HUMANO assim?

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

"Você vive de MATO?!"

Parceiros de plantão...
Cá estou eu em mais uma madrugada.
A saudade do cantinho esverdeou e corri pra escrivinhação.

Dessa vez o tema é mais zen, quase que uma pincelada apenas informativa, já que, como todo leitor, creio que o motivo principal da sua visita é a curiosidade. Escolhi tratar disso, entre tantos outros assuntos, pois eu também já tive terríveis dúvidas em relação à tematica que abordaremos. Além do mais, precisamos de bastante fôlego e muita voz para as discussões que virão a seguir, as citricamente polêmicas, como o famoso xixi da top Gisele Bündchen.

Noto que há uma certa insistência natural das pessoas em ligarem a alimentação vegetariana a MATO, o que não é maldade, já que não somos obrigados a ter conhecimento de tudo que existe ao nosso redor. Adoro meus matinhos, principalmente os de cor verde escura, ricos em ferro, como rúcula e agrião (delícias que como inclusive sem nenhum tempero), tão fundamentais em minha dieta. Entretanto, que fique claro: vegetarianos NÃO vivem só de "alfaces".

A dieta vegetariana é RICA em fibras, vitaminas e minerais; POBRE em gorduras saturadas, colesterol e contaminantes químicos (hormônios, antibióticos, pesticidas); MODERADA em proteínas e calorias; SABOROSA, trazendo pratos da culinária mediterrânea, indiana, japonesa etc. E, como não citar, VARIADA, incluindo hortaliças, legumes, frutas, raízes, cereais (arroz, trigo, centeio, cevadinha etc), leguminosas (feijão, soja, ervilha, lentilha, grão-de-bico etc) e oleaginosas (castanhas, nozes, sementes); NUTRITIVA, por fornecer todos os nutrientes necessários ao bom funcionamento do organismo; PREVENTIVA, pois reduz o risco de doenças circulatórias (infarto, derrame, pressão alta), obesidade, diabetes, artrite, pedras nos rins, asma, tantas formas de câncer, entre outras.

Ressalto aqui, então, um outro motivo que me levou a ser vegetariana: SAÚDE!

Nesse momento deixo de lado a questão ética de se salvar vidas e passo para o lado que deveria MOVER todo ser humano: a luta por qualidade de vida e a solução para longevidade.

A informação é imprescindível para se criar uma dieta vegetariana. Garanto que é MUITO simples e que me FARTO! A cozinha virou meu novo parque de diversões e o pecado capital que mais me atenta é a formosa gula. Por isso, trarei também receitas e fotos que deixarão vocês todos aguçadíssimos para fazerem parte desse universo colorido comigo!

O fator SAÚDE estará sempre em pauta por aqui.